(**CUIDADO: este texto contém spoiler. Se você pretende ler essa edição, não leia a crítica**)
| 2 histórias em 1 | Surpresas e reviravoltas na trama | | Kado | Mythos |
Em outubro de 2004, a Mythos levou as mãos dos texianos a segunda minissérie do ranger: Mercadores de Morte.
Senta que lá vem história...
A trama de Mercadores de Morte, é interessante, e chega até mesmo a ser inusitada. Aqui, o saudoso Guido Nolitta consegue contar, de forma simples e ágil, duas histórias em uma. Na aventura, Tex vai à Elk City para concluir a missão que Burt Keller (ranger) foi impedido de terminar, já que foi morto. A missão de Burt é concluída com sucesso por Tex, mas este se vê em outra missão: acabar com o tráfico de álcool e descobrir quem matou Burt.
Isso, faz com que a história não fique parada e não se torne atraente para o leitor. Assim, caso o leitor conheça a minissérie pela parte 1, a curiosidade para ver a "nova aventura" da edição seguinte fará com que o mesmo corra atrás dela. Pois, como já dito, a continuação da minissérie Mercadores de Morte é totalmente diferente daquilo que foi visto anteriormente.
Forçou legal
Um momento de Mercadores de Morte que podemos classificar como "constrangedor", é a aparição e atuação do índio Kado. Uma simples aparição na 1ª parte da minissérie, que serviu como desculpa para uma forçada atuação na 2ª parte da minissérie, faz com que o personagem assuma o titulo de "fiasco" da aventura.
Como Tex havia salvado Kado (mesmo depois dele ter tentado roubar o cavalo de Tex) de um linchamento (na 1ª parte da minissérie), o índio, seguindo as tradições de sua tribo, tenta matar o ranger pelo fato de que agora sua vida pertence a seu salvador.
Com um ataque surpresa, Kado tenta dar um fim em Águia da Noite, e este, em vez de revidar, faz uma proposta ao índio, que aceita a oferta na hora. Apesar de Tex ter conseguido a confiança de Granny Nelson graças a uma incensação do índio e de seus amigos, a participa de Kado beirou o ridículo.
Como é que alguém, que acaba de ser vítima de uma tentativa de assassinato, passa a confiar tão rápido no seu inimigo assim. "Tex é um personagem com um senso de justiça grande, e entende o outro lado". Isso é, mas ninguém faria isso assim.
Aguenta coração
O que mais agrada na aventura Mercadores de Morte, sem dúvida são as surpresas e reviravoltas presentes na trama. Aqui, o que você menos espera, é o que vai acontecer, e de quem você menos desconfia, é quem está por trás de tudo. São pequenos acontecimentos como esses, que engrandecem e enriquecem ainda mais a história.
O grande Guido Nolitta, junto com o inesquecível Erio Nicolô, nos leva ao encontro de uma atmosfera recheada de surpresas, emoções e muita ação. Enquanto o leitor não chega ao fim da história, será isso: surpresas atrás de surpresas. Diferentemente de muitas outras edições do ranger, onde o final é bem previsível, desta vez a única certeza que o leitor terá é de que Tex vencerá no final. Mas como, só lendo mesmo.
Não dava pra esperar um pouco, Mythos?
Que a história Mercadores de Morte realmente é digna de levar o titulo de minissérie, todos concordam, mas infelizmente mais uma vez o blog Críticas Texiana terá que colocar a editora da fogueirinha como um ponto negativo na análise. E o porque será explicado abaixo.
A edição, lançada em outubro/novembro de 2004, trouxe a aventura Mercadores de Morte, e 7 anos depois, esta história foi vista novamente em Tex Coleção (n°s 289/291). A pergunta que fica é: porque a Mythos escolheu uma aventura que sairia 7 depois em outra coleção? A minissérie anterior, O Retorno de Mefisto, também sairá em Tex Coleção. Porém, quando ela chegou as bancas, a história só voltaria 20 anos depois.
A Mythos é louvada por leitores novos, por suas republicações, que dão oportunidade a eles de conhecerem as histórias antigas do ranger. Mas aqui, foi ao contrário: a Mythos adiantou uma história que estava próxima de sair em outra coleção.
Conclusão:
Mercadores de Morte é, uma das melhores histórias já escritas por Guido Nolitta. Esta edição, muito bem ilustrada por Erio Nicolô, contém todos os elementos que um texiano gosta de ver nas aventuras do ranger mais temido do oeste: ação, suspense, surpresas e emoções a todo instante. Por esses e outros fatores, nenhum fã de Tex pode deixar de ter esta minissérie em sua prateleira.
Nota para a edição: DEZ!
Olá Matheus,muito boa crítica,tenho apenas 1 questão a fazer: Por que colocar a ''mythos'' como ponto negativo? Afinal a mesma é ''apenas'' a editora,mas não podemos incluir mais um ''ponto fraco'' ali para essa bela história. Não sou fã(muito longe de ser,diga-se de passagem)nem trabalho para mythos,porém penso eu que a crítica deve ser feita da história em si,não de fatores externos.
ResponderExcluirE já que falou em minissérie,o que achou do retorno de mefisto? Gostaria de saber se compartilha a mesma visão que eu,pois achei extremamente forçada e cansativa,o que salvou foram os desenhos,nunca vi melhores,Villa foi 10000.
Parabéns pelo blog,continue assim.
Bem, a razão pela qual coloquei a Mythos como ponto negativo está no texto: por ter colocado uma história que sairia em breve.
ExcluirSobre "O Retorno de Mefisto", não li ainda essa edição, então não poderei dizer se gostei ou não.
Obrigado pelos elogios ao blog =)
A edição é digna de tirar o chapéu. Seus comentários refletem a importância da revista, mas não concordo com o ponto negativo a Editora. Fica o meu repúdio!
ResponderExcluirPossivelmente quando a Mythos publicou essa minissérie não tinham muitas historias inéditas do personagem, vários almanaques saíram ou sairão em breve em Tex Coleção. A Mythos não publica outra minissérie porque não tem mais material inédito para ser publicado.
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