(**CUIDADO: este texto contém spoiler. Se você pretende ler essa edição, não leia a crítica**)
| Elementos presentes na aventura | Ação constante | | Retorno fraco de Cão Amarelo | Ortiz |
Lançado no Brasil pela Mythos Editora em abril/maio de 2011 nos números 498/499 (na Itália nos n° 596/597), Além do Rio é uma história escrita por Nizzi e desenhada por José Ortiz.
O feiticeiro Ukasi convence Cão Amarelo, outrora chefe dos Utes, a reconquistar o comando da tribo e a atacar os Navajos, com o objetivo de apoderar-se das suas jazidas de ouro. Os quatro pards não têm intenção de assistir inertes ao saque e respondem ao ataque de Cão Amarelo e seus homens. Mas os Utes estão mais aguerridos que nunca e até mesmo Tex é surpreendido pela sua fúria! (sinopse retirada do site
www.texbr.com)
Luz, lápis... ação!
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(Imagem: Texwillerblog.com) |
Os elementos presentes em
Além do Rio são aqueles que todo texiano gosta de ver nas páginas do ranger mais temido do oeste: ação, emoção, suspense, mistério e reviravoltas. Tais elementos, tomam conta desta edição.
Seja pelos personagens ou pelos acontecimentos no desenrolar da aventura, temos aqui uma história movimentada e imprevisível. Nizzi, embora tenha pecado na atuação de Cão Amarelo, sempre inovando e nos surpreendendo com roteiros únicos e originais. Com índios, pradarias e reservas, temos uma aventura que retrata bem o western e que daria um belo filme estrelado por Águia da Noite.
Faroeste puro
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(Imagem: texwillerblog.com) |
Como foi dito acima, Nizzi soube juntar elementos tradicionais do velho oeste e transferir com maestria para as páginas de Tex. E como não poderia faltar, ação é o que não falta nesta edição.
Além do Rio é uma aventura que contém bastante ação, mas de uma forma sem exageros e sem se tornar cansativa.
Os constantes confrontos entre Navajos e Utes dão à aventura um charme a mais, fazendo um leitor mais veterano sentir o gosto de nostalgia ao se lembrar daqueles filmes de western com aqueles índios corajosos enfrentando o homem branco.
O roteirista consegue inserir a ação constante sem que a mesma atrapalhe o desenvolvimento e a evolução da aventura. E assim, torna a leitura agradável e descontraída.
Amarelou
Como explicado na sinopse no inicio do texto, o espirito da trama de
Além do Rio é a tão desejada vingança de Cão Amarelo contra Tex. Mas se o leitor espera um retorno grandioso do antigo chefe dos Utes, se decepcionará. Aqui, a atuação de Cão Amarelo é daquelas que deve ser esquecida pelo leitor, de tão fraca que foi.
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(Imagem: texwillerblog.com) |
O retorno de Cão Amarelo tinha quase como obrigação de ser algo grandioso, marcante. Do jeito como a história/aventura vinha se desenvolvendo e gerando aquela expectativa para o grande duelo decisivo entre Cão Amarelo e Águia da Noite, teve que engolir um desfecho fraco e sem graça. E assim, quem acabou "roubando a cena" no final foi o ilusionista Ukasi, que teve seus truques desmascarados.
Lamentável
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(Imagem: texwillerblog.com) |
É com enorme lamentação e tristeza que o blog Criticas Texianas coloca o grandioso e magistral José Ortiz como ponto negativo na crítica. O excelente desenhista, de talento indiscutível, deixa nesta edição um trabalho que com certeza não é de seu padrão de qualidade.
Borrões, rabisco, personagens e cenas difíceis de serem interpretadas/reconhecidas são maioria nesta edição. Ortiz dá sinais aqui de que logo logo irá tirar seu time de campo. O desenhista, com todo o respeito, já tem uma idade avançada e talvez esta seja a causa das más ilustrações de Além do Rio. Com certeza, este é um trabalho esquecível de José Ortiz.
Conclusão:
Além do Rio é uma boa história. Emoção, surpresas, reviravoltas e principalmente ação é o que não falta nesta edição. Embora fique devendo na sua principal proposta (a desforra de Cão Amarelo), a aventura cumpre sua principal função: divertir o leitor.
O blog recomenda a aventura, a menos que você seja um daqueles leitores que dá importância aos desenhos. Se este for o seu caso, fique longe da edição, pois como explicado na crítica, Ortiz deixou um pouco à desejar nos desenhos.
Nota: 7,0