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sábado, 20 de abril de 2013

Por problemas pessoais, o blog só voltará daqui a algumas semanas


Amigos texianos:

 Devido a cirurgia que minha mãe deveria fazer (e fez) nesta quinta, não tive cabeça para fazer novos textos para o blog. Por causa disso, para colocar as postagens em dia, não será possível colocar textos novos nos próximos sábados, já que terei que organizar e programar as próximas críticas e matérias para os sábados.

 Peço desculpas e a compreensão de todos.

sábado, 13 de abril de 2013

Crítica: Tex Ouro n° 64 - A Tragédia do Trem 809

(**CUIDADO: este texto contém spoiler. Se você pretende ler essa edição, não leia a crítica**)


| Situação de Tex | Cenário | | Espíritos de carne e osso |

O trem 809 transporta o pagamento da guarnição de Forte Canby e isso desperta a atenção de um grupo de bandidos, liderados por Lennox, os quais resolvem abocanhar a grana. Tex Willer está no trem, que é desviado de trilhos sem que os maquinistas percebam, o que provoca o trágico descarrilamento do trem. Quase todos morrem e Tex escapa com um braço quebrado. Conseguirá o ranger, em meio a uma nevasca infernal, e com o braço quebrado, escapar vivo desta aventura?

 Dramático

 A situação em que o ranger se encontra na aventura A Tragédia do Trem 809 é dramática, porém excitante. Ver Tex conseguir, com um braço quebrado e ardendo de febre, derrotar (sozinho) uma quadrilha de assaltantes e salvar todas as vitimas do acidente do trem, é algo fora de sério.


 Os leitores que reclamam de que Tex quase nunca se machuca, sendo praticamente um "superman" do velho oeste, não poderão reclamar nesta aventura. Aqui, Águia da Noite passa maus bocados e chega até a pensar que não conseguirá resolver o problema, e é justamente o modo como ele resolve tudo que é o grande trunfo do enredo.

 Whhoosssh...

 O cenário de A Tragédia do Trem 809 caiu como uma luva para a aventura. Não é só na hora em que a nevasca vira o trem que o cenário se destaca, e sim durante toda a trama. Aqui, a neve dá um tom espetacular para a aventura, encantando o leitor.


 Visualmente, o saudoso Marcello deu um show à parte nos desenhos e soube, com maestria, transmitir ao leitor a proposta do roteiro, que era de colocar Tex diante de vários problemas (incluindo o tempo). E por falar no roteiro, Boselli soube usar o tempo nevado tanto contra Tex como também contra as vitimas da tragédia do trem e até mesmo contra os bandidos de forma formidável. O excelente resultado, deve-se ao entrosamento que roteirista/desenhista tinham, uma sintonia superada apenas por G. L. Bonelli/Galep.

 Desde quando fantasmas usam flecha?

 A Tragédia do Trem 809, tem como história paralela o passado da vida pessoal do engenheiro Castleman, que traiu a confiança de sua esposa índia e sua tribo. Esse passado, é explorado secundariamente no desenrolar da trama e se torna o foco principal no final da aventura, e é aqui que acontece a única falha da aventura.

Mal e com um rifle apontado para a cabeça, Castleman estava  praticamente morto, mas é salvo pelos espíritos dos índios (da tribo de sua esposa), que chegam dando flechadas no bandido que ameaçava o engenheiro.

 Ridículo. Boselli, nesta cena, forçou ao fazer espíritos "tocarem" em arcos e flechas. Havia mil e uma maneiras de salvar Castleman e dar um "fim" à sua história de vida. É claro que, esta decisão do roteiro não mancha a qualidade da aventura, mas deixa um pequeno arranhão nela.

Conclusão:

 Ler A Tragédia do Trem 809 é quase como uma obrigação de todo texiano que se preze. Deixar de ler uma aventura dramática, cheia de surpresas e reviravoltas como esta, é um erro imperdoável. Seja pelo enredo ou pelos desenhos, A Tragédia do Trem 809 é certeza de uma boa leitura e de uma ótima aventura.

Nota: 9,5

sábado, 30 de março de 2013

Crítica: Coleção Tex em Cores


| Formato da edição | Papel de primeira | Cores em alta definição | | Preço da edição |

 Em outubro de 2009, à Mythos Editora leva às bancas de jornais e Comics Shops a coleção/edição mais desejada por todos os admiradores e fãs das histórias de Águia da Noite: Tex em Cores.

 Tex em Cores republica, em ordem cronológica, todas as histórias do ranger mais temido do oeste. As edições desta coleção traz sempre histórias completas, com a adição das cores e num formato maior (16x21), além é claro, de matérias sobre o personagem, autores e etc.

 A coleção:

 Sem dúvida, esta coleção é o melhor trabalho que alguma editora brasileira já fez com Tex. Tex em Cores é uma deslumbrante edição, seja pela qualidade do material da HQ ou do formato. Nenhum texiano pode deixar de ter uma jóia rara dessas na sua prateleira.

 A Mythos Editora, que sempre foi merecidamente elogiada por seu padrão de qualidade, fez aqui um trabalho impecável. A editora da fogueirinha ouviu seus vários leitores e atendeu todos da melhor maneira possível, e o resultado foi magistral.

 A edição, composta com papel especial, lombada quadrada e com cores em alta definição, faz valer cada centavo que o leitor investe na revista. E por falar em preço, eis aqui o verdadeiro"vilão" da história.

 O blog Críticas Texiana, não está culpando a editora, afinal, o blog entende que um tesouro desses não é barato de se mandar fazer, e também há a questão do retorno, pois, antes de tudo, a Mythos é uma empresa. O blog apenas lamenta que o alto preço da edição afastará muitos leitores de sua posse, podendo assim com o baixo numero de vendas ser cancelado.

 Mas de qualquer forma, mesmo que a coleção não vingue, nós texianos brasileiros podemos nos orgulhar do fato de que a coleção mais bela de Tex foi composta em nosso país. Em outras palavras, a qualidade da edição brasileira superou até mesmo a própria edição em cores italiana.


 Os desenhos de Galep., ganham vida com as cores em alta definição que a edição possui. Mesmo o leitor conhecendo a história, terá a sensação de estar lendo uma história nova, pois  as cores dão um toque espetacular na trama, e os pequenos detalhes como a cor da roupa, fita e cavalos impressionam pela realeza.

 Esta, é uma coleção que vale a pena fazer um esforço para adquiri-la, pois é um autentico tesouro texiano.

sábado, 23 de março de 2013

Crítica: Tex 498/499 - Além do Rio

(**CUIDADO: este texto contém spoiler. Se você pretende ler essa edição, não leia a crítica**)


| Elementos presentes na aventura | Ação constante | | Retorno fraco de Cão Amarelo | Ortiz |

 Lançado no Brasil pela Mythos Editora em abril/maio de 2011 nos números 498/499 (na Itália nos n° 596/597), Além do Rio é uma história escrita por Nizzi e desenhada por José Ortiz.

 O feiticeiro Ukasi convence Cão Amarelo, outrora chefe dos Utes, a reconquistar o comando da tribo e a atacar os Navajos, com o objetivo de apoderar-se das suas jazidas de ouro. Os quatro pards não têm intenção de assistir inertes ao saque e respondem ao ataque de Cão Amarelo e seus homens. Mas os Utes estão mais aguerridos que nunca e até mesmo Tex é surpreendido pela sua fúria! (sinopse retirada do site www.texbr.com)

 Luz, lápis... ação!

(Imagem: Texwillerblog.com)
 Os elementos presentes em Além do Rio são aqueles que todo texiano gosta de ver nas páginas do ranger mais temido do oeste: ação, emoção, suspense, mistério e reviravoltas. Tais elementos, tomam conta desta edição.

 Seja pelos personagens ou pelos acontecimentos no desenrolar da aventura, temos aqui uma história movimentada e imprevisível. Nizzi, embora tenha pecado na atuação de Cão Amarelo, sempre inovando e nos surpreendendo com roteiros únicos e originais. Com índios, pradarias e reservas, temos uma aventura que retrata bem o western e que daria um belo filme estrelado por Águia da Noite.

 Faroeste puro


(Imagem: texwillerblog.com)
 Como foi dito acima, Nizzi soube juntar elementos tradicionais do velho oeste e transferir com maestria para as páginas de Tex. E como não poderia faltar, ação é o que não falta nesta edição. Além do Rio é uma aventura que contém bastante ação, mas de uma forma sem exageros e sem se tornar cansativa.

 Os constantes confrontos entre Navajos e Utes dão à aventura um charme a mais, fazendo um leitor mais veterano sentir o gosto de nostalgia ao se lembrar daqueles filmes de western com aqueles índios corajosos enfrentando o homem branco.

 O roteirista consegue inserir a ação constante sem que a mesma atrapalhe o desenvolvimento e a evolução da aventura. E assim, torna a leitura agradável e descontraída.

 Amarelou

 Como explicado na sinopse no inicio do texto, o espirito da trama de Além do Rio é a tão desejada vingança de Cão Amarelo contra Tex. Mas se o leitor espera um retorno grandioso do antigo chefe dos Utes, se decepcionará. Aqui, a atuação de Cão Amarelo é daquelas que deve ser esquecida pelo leitor, de tão fraca que foi.

(Imagem: texwillerblog.com)

 O retorno de Cão Amarelo tinha quase como obrigação de ser algo grandioso, marcante. Do jeito como a história/aventura vinha se desenvolvendo e gerando aquela expectativa para o grande duelo decisivo entre Cão Amarelo e Águia da Noite, teve que engolir um desfecho fraco e sem graça. E assim, quem acabou "roubando a cena" no final foi o ilusionista Ukasi, que teve seus truques desmascarados.

 Lamentável

(Imagem: texwillerblog.com)
 É com enorme lamentação e tristeza que o blog Criticas Texianas coloca o grandioso e magistral José Ortiz como ponto negativo na crítica. O excelente desenhista, de talento indiscutível, deixa nesta edição um trabalho que com certeza não é de seu padrão de qualidade.

 Borrões, rabisco, personagens e cenas difíceis de serem interpretadas/reconhecidas são maioria nesta edição. Ortiz dá sinais aqui de que logo logo irá tirar seu time de campo. O desenhista, com todo o respeito, já tem uma idade avançada e talvez esta seja a causa das más ilustrações de Além do Rio. Com certeza, este é um trabalho esquecível de José Ortiz.



Conclusão:

 Além do Rio é uma boa história. Emoção, surpresas, reviravoltas e principalmente ação é o que não falta nesta edição. Embora fique devendo na sua principal proposta (a desforra de Cão Amarelo), a aventura cumpre sua principal função: divertir o leitor.

 O blog recomenda a aventura, a menos que você seja um daqueles leitores que dá importância aos desenhos. Se este for o seu caso, fique longe da edição, pois como explicado na crítica, Ortiz deixou um pouco à desejar nos desenhos.

Nota: 7,0

sábado, 16 de março de 2013

Crítica: As fases de Tex

 Seja em fóruns, sites ou blogs, os fãs e colecionadores das revistas em quadrinhos Tex sempre debatem o mesmo tema: "qual" Tex é melhor? O de G. L. Bonelli ou o de Nizzi/Boselli? Para "tentar" chegar à uma conclusão sobre qual dos Tex é melhor, o blog Críticas Texianas fará uma análise sobre essas duas fases do ranger mais temido do oeste.

 Embora Nizzi e Boselli (os principais roteiristas de Tex) tenham tentado de todas as formas manter as características de G. L. Bonelli em Águia da Noite, eles acabaram alterando a personalidade e o estilo do ranger. Na época de G. L. Bonelli, Tex tinha um temperamento mais explosivo, resolvendo tudo à ferro e fogo. Hoje, o ranger mais temido do oeste já não é mais tão temido assim, pois agora só recorre as armas quando realmente é necessário.

 A mudança, na visão do blog, era necessária. Para um personagem como Tex, uma referência dos quadrinhos do gênero western, não dava para continuar exatamente como era. Com um novo estilo, as aventuras ganharam um "sangue novo".

 Após a entrada de Nizzi/Boselli, tivemos inúmeras aventuras inesquecíveis e marcantes na saga texiana: O Passado de Kit Carson (Boselli), O Vale do Terror (Nizzi), Conspiração Contra Custer (Nizzi), Soldados Búfallos (Boselli) e muitas outras. Nizzi e Boselli não só manteram o alto nível do personagem como também  expandiu esse nível. O fato de Tex até hoje vender tão bem na Itália mostra que o herói ganhou com a mudança.

 Mas o importante é que, seja com G. L. Bonelli ou com Nizzi/Boselli, Tex não fugiu de sua principal característica: fazer prevalecer a justiça e ser um amigo/irmão do próximo, independentemente de sua raça, cor ou poder aquisitivo.

 E você, caro leitor? Qual fase de Tex mais aprecia? A de G. L. Bonelli ou Nizzi/Boselli?

 PS: As críticas com as histórias vão continuar, mas agora além delas, o blog também fará matérias sobre o mundo texiano. Espero que gostem.